O início do trabalho evangélico em Manipur, Índia


Reverendo W. Pettigrew: “Não há relato do Evangelho ou qualquer missionário entrando neste belo e interessante Estado de Manipur até o fim de 1893. William Carey e seus associados em Serampore evidentemente entraram em contato com alguns manipurenses, pois temos o Novo Testamento inteiro traduzido para a língua deles, e impresso pelo prelo em Serampore em 1824. No terrível massacre de Março de 1891, na capital, o Rajá e o seu Primeiro Ministro, juntamente com outros, traiçoeiramente cortaram as cabeças do Comissário-Chefe de Assã, o Sr. Quintin, do Agente Político do Estado, Major Grimwood, e cinco outros oficiais... Apenas dois meses antes desta calamidade ocorrer foi que três jovens missionários chegaram a Calcutá, sob o suporte do falecido Sr. Arthington, de Leeds, e com a ajuda da então Missionary Bureau, agora amalgamada à All Nations Missionary Union. Esses missionários vieram, esperando no Senhor para revelar Sua vontade em qual tribo aborígene na parte Oriental de Bengala deveriam trabalhar. Este massacre em Manipur me direcionou, sendo eu um desses três missionários, para trabalhar naquele Estado. Eu e um colega partimos no ano seguinte. Fixamos nossa sede, naquele momento, e ficava próximo à fronteira do Estado. Depois, nos tornamos proficientes na língua bengali, e procuramos absorver todo o conhecimento que pudemos da língua manipuri, esperando permissão do Governo para entrar no Estado de Manipur. Antes que a permissão do Governo fosse dada, meu colega foi levado a resignar, e fiquei só. Em Janeiro de 1894, pus os pés no Estado de Manipur. Meu conhecimento das línguas bengali e manipuri me capacitaram a começar a pregar o Evangelho nas feiras da capital e paras as pessoas individualmente. Depois de poucos meses procurei uma casa, e iniciei uma pequena escola. Esta escola logo se tornou tão grande, quanto ao número de alunos, que eu não podia mais administrar sozinho. Foram aproximadamente dezoito meses até que obtive permissão de permanência do Governo. Ainda que o trabalho evangelístico direto fosse proibido, e a escola tirada de minhas mãos e entregue ao Estado de Manipur, tomei a oportunidade de traduzir os Evangelhos de Lucas e João, e Atos dos Apóstolos, e levei para o prelo. Antes de tirar férias em Novembro passado, tive a alegria de saber que praticamente cada cópia impressa estava nas mãos dos manipurenses que sabiam ler e escrever...” (Revista All Nations, nº 42, Abril de 1904, p. 82-83)


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