Reverendo John Boyle pelo interior do Brasil

 

Reverendo John Boyle (1845-1892)

Relatos da esposa do Reverendo John Boyle: “Deixamos Bagagem em 19 de Junho... Nosso grupo consistia do Sr. Boyle, eu, e nossos três garotinhos, Evaristo, nosso tropeiro, o irmão dele, Cesario, que cozinhava para o nosso grupo, Theresa, esposa de Cesario, que fazia as tarefas domésticas e era lavadeira. Também o senhor Lourenço, um ancião da nossa igreja de Mogi Mirim, e colportor da Sociedade Bíblica Americana, juntamente com Chiquinho, o tropeiro dele, que é um membro da igreja de Mogi... Cruzamos o Rio Paranaíba, que é a linha divisória entre Minas e Goiás. Paramos à noite numa fazenda (plantação), seis milhas de distância do rio, chamada Três Ranchos, e acampamos sob um telhado coberto de palhas. Ao lado da estrada há uma capela construída pelo fazendeiro (lavrador) e seus vizinhos carentes. O dia seguinte era Sábado, então o Sr. Lourenço saiu e convidou as pessoas dos arredores para a pregação. O fazendeiro abriu e varreu a capela, e à noite o Sr. Boyle pregou para uma boa congregação de ouvintes muito atentos... No dia seguinte cavalgamos vinte milhas pelas campinas até á cidade de Catalão... Ficamos dois dias em Catalão. O Sr. Boyle pregou no salão do fórum para uma grande audiência de homens... De lá, começamos nossa longa viagem de duzentas milhas para Santa Luzia, que levou dez dias para chegarmos nesta cidade, viajando por uma estrada em que não há nenhuma cidade nem vila por toda a distância... No segundo dia após chegarmos a Santa Luzia, onde as pessoas ansiosamente esperavam por nós, o Sr. Boyle e o Sr. Lourenço conheciam todas as pessoas... Permanecemos em Santa Luzia três dias, e quatro pessoas fizeram a profissão de fé, e foram batizadas: dois homens e duas mulheres. As mulheres eram a esposa e a sogra de um dos homens que se batizaram. De Bagagem à Santa Luzia, viajamos por quase todo o norte. Quando partimos, mudamos a rota para o sudoeste, e, no primeiro dia cavalgamos vinte milhas para a fazenda do Senhor Antonio Meirelles, que mora às margens do Rio Corumbá... O Sr. Boyle pregou toda a noite lá, e, no Sábado à noite, celebrou a ceia, uma empregada da família fez a profissão de fé... Cruzamos o rio numa canoa, e cavalgamos doze milhas até a fazenda do Sr. Manoel José Meirelles, irmão de Antônio e Joaquim, onde permanecemos por uma semana. O Sr. Boyle esteve pregando toda noite, e celebrou a Ceia do Senhor no Sábado à noite...” (The Missionary, Fevereiro de 1890, p. 74-78)

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