Sentenciado ao exílio na Sibéria

 

O pastor Basil Andreyevitch Malof nasceu na cidade de Talsi, província de Kurland, na Rússia, em 28 de Julho de 1883, e faleceu no ano de 1957. Quando Basil Malof tinha quinze anos de idade, se converteu num culto matutino de Domingo. Quando a congregação deixava a igreja, ele sentiu um desejo bem forte em seu coração de se ajoelhar perto da janela. Então, lágrimas rolaram de seu rosto, e ele pediu a Deus perdão dos seus pecados, e pediu a Deus um novo coração. 

Em 1907, em São Petersburgo, na Rússia, o templo da igreja Dom Evangelia, fundada por Basil A. Malof foi inaugurado, templo este que comportava 2.000 pessoas, uma proposta veio por parte de um agente do Governo russo: “Venha, uma-se à Igreja do Estado da qual Sua Majestade, o Czar, é o chefe, e ele te fará um Bispo,’ disse ele num tom muitíssimo amigável.” (Smith, Oswald J., Sentenced to Siberia. Mayflower Publishers: Wheatn, Illinois, 7ª ed., 1943, p. 31). Basil Malof recusou a proposta, e logo a vingança veio. 

Em 1914, num Sábado à noite, enquanto o Pastor Malof dirigia uma reunião de oração na Igreja Dom Evangelia, o chefe da polícia apareceu no culto, portando uma ordem do Chefe Militar de Petrogrado que dizia que o Pastor Malof deveria ser imediatamente preso, e exilado na Sibéria. 

O Pastor Malof foi preso, e, ao entrar na cela suja, a encontrou cheia de criminosos. Um dia após a prisão, a porta se abriu e um soldado o chamou para ir ao escritório da prisão, onde lhe foi dito que se concordasse em pagar todas as despesas para ir à Sibéria, o Pastor Malof teria três dias para tratar de seus negócios antes da partida. Enquanto isso a igreja de Malof permanecia em oração, e, então o Pastor Malof foi liberado. Dois dias depois um decreto especial do gabinete do Czar russo, em resposta à apelação do pastor, a sentença de exílio para a Sibéria foi convertida em banimento da Rússia.

“... por meios clandestinos, manteve contato constante com os pregadores que deixara na Rússia, incentivando-os e aconselhando-os... O Pastor Malof foi para a França para cuidar de seu povo. Simultaneamente, estabeleceu uma igreja em Paris e uma cozinha bem movimentada e gratuita que servia os refugiados... Mas enquanto trabalhava para ajudar aqueles que conseguiram escapar do bolchevismo, ele se preocupava com os milhões que estavam presos na Rússia. Por meio de canais clandestinos que havia estabelecido, o pastor Malof ouviu falar de igrejas saqueadas, pastores perseguidos e Bíblias destruídas. Os novos governantes procuraram acabar com a religião e seus líderes. Nesse exato momento foi plantada a semente que hoje está florescendo no mais recente empreendimento de contrabando do pastor Malof. Quando os relatos dos ataques comunistas à religião eram mais sombrios, ele se dedicou solenemente à tarefa de revidar, mas lutaria com a única arma que conhecia melhor e mais confiava: a Bíblia... Agora começou a parte perigosa do projeto: levar Bíblias para a Rússia... Foram encontradas lacunas nas fronteiras supostamente impenetráveis. Detalhes exatos não podem ser revelados, mesmo nesta data tardia, porque muitos dos ardis e métodos usados na época ainda são empregados com sucesso hoje. Mas isso pode ser dito sem pôr em perigo o trabalho: através de vários canais subterrâneos, um total de 71.000 Bíblias foram contrabandeadas para a Rússia em 1938...” (The American Legion Magazine, Janeiro de 1954, p. 25, 58)

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