Yakov Grigorievich Skornyakov (1928-2018), pastor batista de Dzhambul, Cazaquistão, cumpriu uma pena de mais de 8 anos de prisão por pregar a Palavra de Deus e evangelizar os jovens.
O governo soviético que não garantia a liberdade de consciência, por isso em 1966 Yakov Skornyakov foi condenado a cinco anos de prisão em campos de trabalhos forçados por seu trabalho evangelístico entre os jovens. Após sua libertação em 1971, ele continuou suas atividades evangelísticas. Em 1978 foi novamente levado à prisão num campo de trabalho forçado. Neste período, ele levou cinco prisioneiros a Cristo.
“Em 14 de Junho de 1983, o investigador Iosif Grigorievich Gershenzon veio me interrogar. Ele me mostrou a literatura cristã que eles pretendiam usar como evidência material contra mim e então insistiu que eu escrevesse uma declaração prometendo renunciar ao ministério e ficar em casa quando voltasse à liberdade. Se eu obedecesse, um novo processo não seria aberto contra mim e eu não seria mais incomodado... O investigador novamente sugeriu que eu renunciasse ao meu ministério. Desta vez pude responder: ‘Recebi o meu ministério do Senhor, por isso eu só poderei renunciar se a igreja pedisse que eu renunciasse por causa de pecado em minha vida.’” (Revista Liberty, Janeiro/Fevereiro de 1990, p. 6)
O periódico Calvinist Contact, 22 de Maio de 1987, p. 10, traz trechos do primeiro sermão que o Pastor Yakov Skornyakov pregou para sua congregação em Dzhambul, Cazaquistão, após sua libertação definitiva: “Fui um prisioneiro por oito anos. Pelo total de 2.936 dias eu não pude ir à igreja, ouvir quaisquer sermões cristãos ou música cristã, ou ver o rosto dos meus amigos. Mas, hoje eu agradeço a Deus que estou com vocês novamente... Hoje, neste dia alegre de reunião, quero agradecer ao meu Deus pela misericórdia da liberdade. Eu O agradeço pela Bíblia que eu tenho em minhas mãos. Por oito longos anos fui privado deste Santo Livro!... Para concluir, permita-me dizer o seguinte: não é fácil trilhar este caminho espinhoso e seguir fielmente o Senhor. Mas, apesar de tudo, eu tive apenas um desejo em meu coração: permanecer fiel ao Senhor. Eu decidi há muito tempo que seguiria Seus passos, e se a carga se tornar muito pesada e eu cair sob o peso da cruz, então O seguirei de joelhos. Vou até rastejar, mas nunca vou me desviar do caminho espinhoso ou buscar um caminho mais fácil. Nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, nos deixou um exemplo de sofrimento, fidelidade, trilhando o caminho de espinhos. Ele nos amou até a morte na cruz. Ele deu a vida por você e por mim. É realmente difícil para nós amá-Lo mais do que a vida?’”
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