Como nasceu o livro O Peregrino de John Bunyan

 

Era 12 de Novembro de 1660, então, o pastor batista John Bunyan (1628-1688) foi pregar em Samsell, Bedfordshire. O Sr. Francis Wingate, um juiz de paz, ficou sabendo e publicou um despacho, ordenando que a polícia mantivesse uma forte vigilância sobre a casa onde ocorreria a reunião e que levasse John Bunyan preso, sob a acusação de ele estar fazendo pregações ilegais, sem autorização da igreja oficial da Inglaterra. Quando a polícia chegou onde John Bunyan estava, encontrou as pessoas com a Bíblia nas mãos, e o pastor Bunyan prestes a começar o culto.

No julgamento de John Bunyan, ele confessou ao juiz John Keeling que ele e seus amigos se reuniram inúmeras vezes para orar a Deus e ouvir a pregação da Bíblia. O juiz Keeling com muita raiva disse a Bunyan: “ouve a tua sentença: tens que voltar para a prisão, onde ficarás por três meses. E no fim de três meses, se não tornares a frequentar a igreja e se não desistires das tuas pregações, serás banido do reino, onde voltando sem licença especial do rei, serás enforcado. Atenta, pois no que te digo.” Então, o juiz Keeling mandou o carcereiro levar John Bunyan e deixá-lo na prisão.

Foram doze anos prisão por causa de sua fé, e nestes doze anos John Bunyan escreveu Pilgrim’s Progress, em português “O Peregrino”, o segundo livro mais vendido do mundo em todos os tempos, ficando atrás apenas da Bíblia.

Quando o pastor Bunyan levou o manuscrito de Pilgrim’s Progress para ser impresso, disse: “Tenho um manuscrito de pequena importância.” John Bunyan não tinha ideia de que a sua obra “O Peregrino” faria tanto sucesso e seria um evangelista primoroso. “O Peregrino” narra a jornada do Cristão rumo à cidade celestial, partindo da cidade da destruição, carregando um fardo mui pesado em suas costas, encontra o Evangelista pelo caminho que o instrui a seguir a luz divina, até que o Cristão deixa o fardo junto à cruz e recebe alívio.

Em 1856, pelas páginas do jornal carioca Correio Mercantil, o missionário e médico escocês Robert Reid Kalley (1809-1888) publica a tradução de Pilgrim’s Progress sob o título de “A Viagem do Christão para a bem-aventurança eterna por um dos seus companheiros”, popularizando este livro de John Bunyan no Brasil.

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