O Apologista Christão Brazileiro

 

                                        

                                                         O Apologista Christão Brazileiro

                                              Acervo Fundação Biblioteca Nacional do Brasil

“O Apologista Christão Brazileiro” era o nome do periódico de propriedade do reverendo metodista Justus Henry Nelson (1850-1937), publicado em Belém, Pará, cujo primeiro número é datado de 04 de Janeiro de 1890.

O missionário Justus Henry Nelson, em 1892, foi condenado à prisão por crime de opinião. 

Justus H. Nelson publicou em seu jornal O Apologista Christão Brazileiro, artigos considerados pelas autoridades judiciárias como ultraje à religião considerada oficial do País, embora a Constituição vigente no Brasil já garantisse a liberdade de consciência.

No Apologista Christão Brazileiro, Justus H. Nelson publicou dois artigos intitulados “A Cathedral do Pará” e “A Padroeira”, artigos estes que as autoridades judiciárias do Estado do Pará consideraram ultraje à religião oficial do país. Assim começou a injustiça contra o missionário, tal como noticiou o periódico Diario de Noticias, nº 121, 03 de Junho de 1891, p. 02: 

“Ultrage a religião. O sr. dr. 1º promotor publico d’esta capital requereu hontem ao dr. Juiz de direito do 4º districto criminal que mandasse intimar a Justus H. Nelson para na primeira audiencia d’aquelle juiso apresentar os originaes de umas publicações insertas no Apologista Christão em que se ultraja a Religião Catholica Apostolica Romana.”

Após recurso impetrado pela promotoria, o missionário foi conduzido à prisão, como noticiado por O Democrata, nº 268, 07 de Dezembro de 1892, p. 02: 

“JUSTUS NELSON. Foi recolhido hontem á cadeia publica o pastor methodista Justus H. Nelson afim de cumprir a pena a que foi condemnado pelo Tribuanal Superior de Justiça, por ter mais de uma vez offendido a religião catholica em lugares públicos e no seu jornal O Apologista Christão Brazileiro.”

Assim o missionário metodista foi condenado à três meses de prisão, após recurso feito por sua defesa, pois a condenação inicial havia sido de seis meses. Ele foi posto em liberdade em Abril de 1893.

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