John Newton: do mar para o púlpito

 

O Pastor John Newton (1725-1807) ficou conhecido de modo atemporal pela composição, em 1772, do hino evangélico “Amazing Grace”, que, em português, aparece como hino 14 do hinário “Hinos e Cânticos”, cujo início diz: “Sublime graça que alcançou um pobre como eu...”.

Quando criança, John Newton aprendeu princípios bíblicos com sua mãe, mas ela faleceu, deixando-o aos cuidados de seu pai. O pai dele era um marinheiro, então, John Newton seguiu a mesma profissão do pai. Foi na profissão de marinheiro que John Newton aprendeu a ser um bêbado, blasfemador, e a traficar escravos.

No começo de sua vida de marinheiro, ele serviu a Marinha Real Inglesa, porém desertou, e foi capturado. Severamente punido, não suportou o infortúnio, e fugiu.

John Newton, em 1746, foi trabalhar para um marinheiro que traficava escravos nas Ilhas Banana, Serra Leoa, e a esposa deste mercador de escravos, que era negra, não gostava nenhum pouco dele, e recomendou ao seu marido que o tratasse como um escravo. Então, o jovem John Newton teve que trabalhar de modo penoso, junto aos outros escravos, se alimentando apenas dos restos de comida que às vezes sobrava na mesa de seu algoz.

Quando conseguiu escapar, John Newton escreveu uma carta para seu pai, que estava em Londres, na Inglaterra. O pai dele fez tratativas para que o comandante do navio Greyhound o resgatasse. Quando estava no Greyhound, uma tempestade violenta se levantou no mar, e ele começou a orar, e clamou pela misericórdia de Deus. John Newton então se converteu.

Mas, John Newton ainda passou seis anos vendendo seres humanos como escravos. O arrependimento veio ao seu coração e ele viu que vender seres humanos era incompatível com a fé em Jesus, e abandonou esta prática pecaminosa. Em 1764, John Newton foi ordenado ao ministério pastoral na Inglaterra.

Nos últimos momentos de sua vida, John Newton proferiu estas palavras: “Minha mente está esquecida de muitas coisas, mas, de algo eu me lembro, e esse algo é a graça de Deus, que pôde salvar um pecador como eu!”. (The Foursquare Magazine, nº 06, Junho de 1946, p. 34)

Comentários