Um missionário canadense pregando em Orobó

 

                                                    Missionário John D. McEwen com um grupo de evangélicos em Orobó

                                                Foto: All Nations, nº 37, Novembro de 1903, p. 11

       John Donald McEwen (1863-1923), missionário canadense, passou um período em serviço missionário no Brasil, e também trabalhou como colportor, ligado à Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Em 1899, John D. McEwen veio para a América do Sul, como missionário, sob os auspícios da South American Evangelical Union. Na Bahia, ele abriu uma escola no Monte Orobó Grande, e comprou um grande trato de terra para estabelecer sua escola. Depois, o missionário John D. McEwen arrecadou uma boa quantia em dinheiro para estabelecer um departamento industrial nesta instituição escolar. Sua esposa, Edith McLeod (1872-1912) era a superintendente da escola. Em Nova Scotia, Canadá, Edith McLeod foi professora de escolas públicas.

 

     Em carta escrita pelo missionário John D, McEwen, datada de 19 de Janeiro de 1903, Orobó, Bahia, publicada no periódico The Christian, 19 de Fevereiro de 1903, p. 18, o missionário canadense relata: “Fui chamado em Muritiba, e preguei com dois soldados à porta, doze nas janelas, para minha proteção. Poucos dias antes, enquanto um grupo de crentes que se encontravam reunidos ao redor da Palavra de Deus, uma bomba foi arremessada neles, atingindo um homem na perna e o queimou gravemente. Outros dois ou três ficaram mais ou menos feridos. A polícia foi enviada pelo Chefe de Polícia da Cidade da Bahia para investigar...”

     Noutro relato de agressão a um culto evangélico em Orobó, o missionário John D. McEwen relatou: “Num Domingo à noite, tivemos um culto em Orobó. Pedras foram lançadas abruptamente no telhado. Nosso povo manteve-se em paz, mas quando dois tiros foram disparados do lado de fora da janela, não me surpreendi ao ver lágrimas nos olhos das queridas crianças. Levantamo-nos e cantamos o último hino com o vigor e a alegria habituais, e, depois que pronunciei a bênção, houve uma grande partida para casa. Mas quando começamos a sair em grupos, as pedras começaram a zunir aqui e ali, até que um querido jovem de dezessete anos deu um grito e correu de volta para seu pai, dominado pela dor e indignação. Acertaram-no nas costas. Outro crente, que estava a cavalo, apeou e foi socorrer o rapaz. Uma multidão cercou e correu para o cavaleiro que apeou, e ainda outros, entre eles uma mulher, seguraram e contiveram os agressores, e o rapaz foi salvo do perigo.” (All Nations, nº 37, Novembro de 1903, p. 11)

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