Jenny: uma lâmpada acesa pelo Senhor

 

Edição de 1889 de Jenny: uma lampada accesa pelo Senhor

Jenny: uma lâmpada acesa pelo Senhor, tradução em português do livro “A candle lighted by the Lord”, livro escrito pela inglesa Ellen Edith Alice Ross (1812-1892).

Em 1889, a Typographia de José da Silva Mendonça, de Porto Portugal imprimiu esta obra sob o título de “Jenny uma lampada accesa pelo Senhor”.

Este livro narra a história de Jenny Wright uma jovenzinha de uns dez anos de idade, que vivia num lugar muito pobre de Londres, na Inglaterra, junto a seu pai, o cocheiro Ricardo Wright, de sua madrasta, uma mulher alcoólatra, que vendia até os tecidos de fazer vestidos para ela, que o seu pai comprava, e de sua irmãzinha Isabel, uma garotinha de uns dois anos de idade.

Certo dia Jenny foi levar a comida de seu pai e do Sr. Stone, e Isabel ficou com a mãe dela, porém, a mulher saiu para embebedar-se e deixou Isabel sozinha. Um incêndio queimou na casa queimou a pequena Isabela, que fora levada ao hospital pelos vizinhos, na ausência de Jenny.

Quando Jenny vai ao hospital ver sua irmã, um guarda impede, pois estava toda suja, e despenteada, como era comum às meninas da região em que morava. Jenny não desistiu, e um rapaz que a viu na escadaria do hospital, e a ouviu contar que queria ver sua irmãzinha, falou com pessoas ligadas ao hospital, e conseguiu fazer Jenny entrar.

Jenny Wright pôde ver um pouquinho a sua irmãzinha Isabela. Jenny perguntou à enfermeira se sua irmãzinha iria falecer, e uma garotinha que estava ao lado do leito de Isabela respondeu: “Se  ella  morrer— concluiu  uma voz infantil,— irá ser feliz  com  Jesus.” (ROSS, Ellen Edith Alice. Jenny uma lampada accesa pelo Senhor. Typographia de José da Silva Mendonça: Porto, Portugal, 1889, p. 21). A pequena Isabela veio a falecer.

A reposta que ouviu da menina no hospital, citando Jesus, fez com que Jenny Wright quisesse saber quem era Jesus, porém seu pai disse que não sabia dizer algo sobre Jesus, e o Sr. Stone mandou Jenny perguntar à sua esposa sobre este assunto.

Jenny foi à casa da Sra. Stone, e ela tinha um hóspede chamado Alberto, que era professor da Escola Dominical, e queria ser missionário. Alberto ensinou a Jenny Wright sobre Jesus, e a ensinou a ler e escrever, além de matriculá-la numa escola.

O pai de Jenny foi à igreja somente quando criança, porém, num dia muito frio do inverno londrino, passava perto de uma igreja, e lá ouviu a congregação cantar o hino “Rocha eterna, meu Jesus...”, e isto avivou em suas memórias o tempo que ia à igreja com sua mãe, e este hino era cantado. Poucos dias depois deste acontecimento, Ricardo Wright faleceu, e a madrasta de Jenny vendeu tudo o que tinha, incluindo a pequenina casa paupérrima em que moravam, e foi-se embora, deixando Jenny sozinha.

Jenny Wright foi socorrida pela Sra. Stone, e ficou decidido que sua irmã, que viria do Canadá para visitá-la, levaria Jenny para o Canadá.

No navio em que Jenny embarcou, ela conheceu a Sra. Boyce e família, que se apegaram a Jenny. O navio pegou fogo. Jenny e a família Boyce conseguiram sair ilesos, e um navio francês os resgatou, e levaram eles de volta à Inglaterra.

Sãos e salvos na Inglaterra, Jenny ficou em definitivo com a família Boyce, mas adoeceu tempos depois, vindo a falecer.

Antes de falecer, tentou mostrar ao Sr. Boyce que ele deveria entregar-se a Jesus, e disse ao patrão: “... Se tivesse sobrevindo um temporal, e nos tivessemos encontrado prestes a ir para o fundo, não teriamos outra coisa a que nos agarrassemos senão a esta verdade: – ‘Sou pecador e Jesus é meu Salvador.’ Não existe outra verdade, para nós, quando estamos bem e de saude, nem quando estamos proximos de morrer. Devemos pôr de parte os nossos peccados, as duvidas, os receios, e tudo o mais, para só nos abraçarmos áquella verdade, a qual não falhará, porque o Senhor nos deu, por ella, a sua palavra.” (ROSS, Ellen Edith Alice. Jenny uma lampada accesa pelo Senhor. Typographia de José da Silva Mendonça: Porto, Portugal, 1889, p. 123).

Comentários