Henry Maxwell Wright

 

                            Henry Maxwell Wright (1849-1931)

                            Foto: O Batista Paulistano, 31 de Agosto de 1931, p. 02

Henry Maxwell Wright (1849-1931) foi um evangelista, escritor de hinos evangélicos, e tradutor de hinos evangélicos para a língua portuguesa como "Oh! quão cego andei, e perdido vaguei..." (Alas! And did my Savior bleed), hino 15 da Harpa Cristã, que foi escrito pelo pastor congregacional Isaac Watts (1674-1748).

Henry Maxwell Wright nasceu em Lisboa, Portugal, em 07 de Dezembro de 1849, e era filhos de pais ingleses. O pai de Henry M. Wright era comerciante em Lisboa.

Henry M. Wright se converteu verdadeiramente ao Evangelho, em 1875, numa campanha evangelística de que o famoso pregador D. L. Moody (187-1899) realizou em Londres, Inglaterra.

"Apezar da educação religiosa recebida e de frequentar os cultos em menino muito lutou para vencer o amor que votava ao mundo. Aos 16 annos foi para Londres e alli teve ainda grandes lutas espirituaes. Tudo elle fez para alcançar a sua liberdade em Christo Jesus, dando-se, por fim, ao Salvador do mundo, de modo a demonstrar a sua verdadeira conversão, pois após os labores do dia, ensinava á noite aos garotos das ruas de Londres e pregava ao ar livre e nos albergues nocturnos. Em 1874 e 75 auxiliou em uma grande campanha de evangelização ao celebre pregador Moody, abandonando a carreira commercial para dedicar á evangelização da Inglaterra e Escócia. Em 78 voltou a Portugal, com a ideia de ir evangelizar o Oriente, a China. Deus comtudo o prendeu em Portugal, onde, com o auxilio de uma barraca de lona e de um Colportor, evangelizou, lendo, discutindo, pregando, sem se encommodar com o seu bem estar. Depois foi á Ilha da Madeira, onde esteve com o .Dr. Kalley, passando a São Miguel. Em 1881 foi visitar os portuguezes de Illinois, nos E. Unidos, que para alli foram por causa da terrível perseguição movida pela egreja romana na Ilha da Madeira. Ainda no mesmo anno, veio ao Brasil a convite do industrial Sr. Fernando Braga do Rio, visitando no anno seguinte; Pernambuco, Bahia, Rio, Campos, S. Paulo, Campinas, Rio Claro, Caldas e muitos logares, numa abençoada campanha de despertamento, sendo muito louvado pelos pastores daquelles dias. De volta, fez de Ponta Delgada, Açores, o seu ponto de operações, tendo como ajudadora sua irmã D. Luiza Wright. Nos trabalhos realizados no archipelago foi bem succedido, sendo entretanto ameaçado de prisão na Ilha da Madeira. Em 1891. deixou Ponta Delgada e veio ao Brasil, percorrendo grande parte do paiz, em jornada proveitosa. Em 1895 realizou a 5.ª excursão, tendo como companheira sua irmã D. Luiza. Mas pouco pôde fazer por ter contrahido o impaludismo em Pernambuco. Mezes depois, melhorando, foi ao Rio e, alli, em companhia do evangelista George Grubb, realizou uma campanha religiosa. Mas a doença aggravou-se, voltou, então, á Inglaterra, onde soffreu por 5 annos, tendo estado quasi todo esse tempo deitado de costas c soffrido nove operações. Em 1897 voltou a Portugal, afim de promover campanha de evangelização em varias regiões. Depois foi aos Açores. Em 1901 fez 2.ª viagem aos Estados Unidos, afim de tomar parte no jubileu da A. C. M. em Boston, visitando também os portuguezes e as Ilhas Bermudas e voltando a Portugal. Em 1901 realizou o seu casamento com D. Helena Delaforce, filha de paes inglezes, mas nascida no Porto, quando contava 52 annos de edade, dando-lhe, todavia, o Senhor mais de 25 annos de uma vida conjugal feliz. Após o seu casamento, estabeleceu no Porto o seu centro de actividade, onde construiu um grande salão para propaganda evangélica, inaugurando-o em 1905. Em 1914 fez a 4.ª viagem ao Brasil, tomando parte na inauguração do templo fluminense da rua Camerino e pregando no Rio, Nictheroy Santos, S. Paulo, Sorocaba e Curityba. Muito proveitosa foi também esta jornada. Contava então 65 annos e prégou de modo a deixar linda impressão. Usava muitas illustrações e lia os hymnos de maneira especial. Era uma especie de Moody no modo como sabia despertar os peccadores. Tudo nelle attrahia: figura imponente, bello typo, alto, boa voz, maneiras attenciosas e uncção evangélica. Era por todos os títulos um ancião respeitável. Aíuito se salientou também na hymnologia sagrada, montando a cerca dc 200 hymnos a sua produção. Escreveu ainda vários folhetos de propaganda em Portugal. [...]" (O Baptista Paulistano, 31 de Agosto de 1931, p. 02)

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