Navegando com a Bíblia pelos rios da Amazônia

Colportor Sydney W. Smith.  
Foto: South America, Maio de 1912, p. 15

No artigo intitulado By canoe on brazilian waterways, publicado na revista The Bible in the World, Janeiro de 1914, p. 18, que era uma publicação da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, é narrado a seguinte viagem pelos rios amazônicos, feita pelo colportor Sydney W. Smith, que também foi um subagente da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, acompanhado colportor João Ferraz.

"De um lugar chamado Humaitá, no Rio Madeira, o Sr. Sidney Smith, nosso subagente nesta região do Brasil, escreve o seguinte: 'Eu estou em minha viagem descendo o Madeira em uma canoa, a companhado do Colportor João Ferraz, e vendendo cópias da Bíblia por todo o caminho. Um navio deve passar por este lugar em poucas horas, então eu aproveito esta oportunidade para escrever. Nós viemos de navio tão longe foi possível navegar, que foi, 700 milhas de Manaus. [O Madeira se une ao Amazonas cerca de 100 milhas abaixo de Manaus. Então viajamos ao longo da Ferrovia Madeira-Mamoré, pelo Estado de Mato Grosso até o fim da linha, uma distância de 226 milhas. Depois de atravessar para a Bolívia, acima das cachoeiras , há uma série de corredeiras que desce o Madeira, descendo 270 pés, nós subimos o Rio Beni até um lugar chamado Riberalta, que o mais longe que o navio vai neste trecho de água. 'O distrito inteiro é escassamente povoado, apesar de seu território ser rico em borracha. Os gastos de vivência e viagem aqui são enormes. Frequentemente tivemos que pagar de 15 centavos a 1 libra por dia, pela nossa comida, ainda que, não foi de forma alguma luxuosa. Em nenhuma destas cidades ao longo da Madeira-Mamoré você pode permanecer por menos de 10 libras por dia. O superintendente da Ferrovia Madeira-Mamoré nos ajuda substancial e generosa, sem a qual a nossa jornada poderia ter sido muito difícil. Nós temos tido a satisfação e o privilégio de vender muitas cópias da Bíblia nestes lugares. É com gratidão ao Senhor por Sua proteção e bênção, que eu recordo até agora que nenhum de nós tivemos um dia de doença, apesar de termos atravessado uma região onde a febre abunda. Estes rios são cheios de crocodilos e turbilhões, e quando o vento se levanta, como frequentemente se faz repentinamente, a navegação em uma canoa pequena é muito perigosa. As ondas vêm rolando, assim como uma no mar. A estação chuvosa ainda não chegou a nós, ainda que nenhum dia tem passado sem chuva, desde que nós começamos a descer de navio. Na estaçaõ chuvosa, que cria um extraordinário estado de inundação, esta forma de navegação nestes rios, é impossível. Nós passamos com sucesso o que eu acredito ser a parte mais difícil de nossa viagem. [...]. No final desta viagem, eu calculo ter vendido seis caixas de Bíblias, incluindo algumas Bíblias em espanhol que nós vendemos na Bolívia. [...]." (The Bible in the World, Janeiro de 1914, p. 18)

Navegando com a Bíblia pelos rios da Amazônia © 2025 by Daiane Firme Cavalcante is licensed under CC BY-NC-ND 4.0 

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