Da Eschola do Alto ao Collegio Bennett

 Festa esportiva do Colégio Bennett, Rio de Janeiro

Foto: Beira-Mar, nº 485, 26 de Outubro de 1935, p. 28

Acervo Fundação Biblioteca Nacional do Brasil

O Colégio Bennett, instituição educacional metodista, surgiu em 1888 no Rio de Janeiro, originando-se da Escola do Alto, que era uma escola para meninas.

A Escola do Alto era dirigida por Marian Washington Bruce e Martha Betune Jones.

Propaganda da Eschola do Alto, publicada em The Rio News, 15 de Abril de 1888, p. 01
Acervo Fundação Biblioteca Nacional do Brasil

Do relatório de Marian Washington Bruce sobre o funcionamento da Eschola do Alto, referente o ano de 1888, extrai-se as seguintes informações:

"A Srta. Bruce fornece o status geral em seu relatório anual, como segue: Ao apresentar o relatório da Eschola do Alto para o ano de 1888, somos elevadas em espírito, e só podemos dizer: 'Vejam o que Deus fez!', e isto por meio de nós, suas indignas servas. A Ele seja toda a glória. No início do ano, houve muitas dificuldades ao fazer reparos, drenagens, etc. [...]. O diploma da Srta. Jones foi reconhecido, e a licença concedida em Novembro de 1887, e o da Srta. Bruce, em Fevereiro do ano seguinte, e a escola foi aberta com o coração cheio de esperança em 20 de Fevereiro de 1888. No fechamento do trimestre encerrado em Março, nós tínhamos 21 alunos [...]. O número total de matriculados naquele ano foi de cinquenta, e o número no encerramento foi quarenta e dois, oito se retiraram. Desses que se retiraram, dois se mudaram da cidade, dois foram retirados por motivo de doença em suas famílias, dois por insatisfação, e um foi levado de nós, por morte. Da morte de nossa primeira filha espiritual, Julieta, não podemos deixar de dizer uma palavra. Ela veio a nós quando nós estávamos muito desencorajadas, antes que tivéssemos qualquer escola, em Setembro de 1887; e o Senhor preparouo coração dela para receber a verdade, o que ela fez com alegria, e exemplificou isto em sua vida. Sua morte prematura nos deu a oportunidade de influenciar os outros membros de sua família, e nós sentimos que nosso trabalho foi reconhecido e santificado por meio dela. A frequência na escola tem sido boa, e a disciplina, e a atmosfera da casa têm sido tão parecido possível com um lar quanto possível; e justamente aqui nós gostaríamos de chamar a atenção para a grande proporção de nossas alunas que são internas. Nós começamos com dez na casa, e o maior número durante o ano foi vinte e um. Estas variavam em idade de dois anos e meio a quinze, o maior número sendo abaixo de dez. [...]. A saúde da escola tem sido notavelmente boa, tendo sido chamado um médico apenas uma vez durante o ano. [...]. A instrução religiosa não tem sido negligenciada. Em nossa família, algum tempo é devotado dedicamos algum tempo todo dia, de manhã e à noite, para estudo da Bíblia [...]. A escola é sempre aberta com leitura das Escrituras, cânticos e orações, e a Bíblia é ensinada não apenas nas aulas, mas também como ela deve ser considerada em todas as questões vitais da vida diária. Duas de nossas alunas foram recebidas na igreja este ano, totalizando quatro, desde que fomos para o Rio, e outras quatro se ofereceram [...]." (Elleventh Annual Report of the Woman's Missionary Society, 1889, p. 44-45)

Em 1895, a propriedade da Eschola do Alto foi vendida, e o dinheiro foi usado para comprar uma propriedade em Petrópolis, no Rio de Janeiro, na qual a missionária metodista Martha H. Watts (1845-1910) estabeleceu o Colégio Americano.

Com o encerramento do Colégio Americano de Petrólis, a propriedade foi vendida, e uma nova propriedade foi comprada na capital carioca, e, então, em 1º de Março de 1921, teve início o Collegio Bennett.

"A denominação do Collegio representa uma  justa homenagem á distincta senhora americana, Miss Belle Bennett [...]." (Beira-Mar, nº 242, 26 de Outubro de 1930, p. 13)

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