John Bunyan: encarcerado por sua fé

 

John Bunyan (1628-1688) é autor do famoso livro O Peregrino (Pilgrim's Progress), que tornou-se o segundo livro mais vendido do mundo, ficando atrás apenas da Bíblia Sagrada. 
 
Foi no cárcere que Bunyan escreveu sua obra-prima: o livro O Peregrino, que foi publicado pela primeira vez em 1678, pois havia sido preso por não cultuar na igreja oficial da Inglaterra e fazer pregações "ilegais". Em 12 de Novembro de 1660 Bunyan foi pregar numa cidade perto de Bedford onde morava. Avisado de que poderia ser preso, não temeu a tirania e foi pregar. Assim, no dia seguinte foi preso. 
 
Foram doze anos de prisão, mas John Bunyan não obedeceu à ordem judicial de deixar de pregar. Nestes doze anos de prisão, sempre que Bunyan tinha algum benefício de soltura, ele voltava a pregar e era novamente recolhido à prisão. 
 
Num dos embates com o Juiz Keeling, Bunyan mostrou que não ia se curvar à decisão judicial dada por Keeling: "O Juiz Keeling num tom brutal que muito distoava da sua dignidade de juiz, lhe disse: 'ouve a tua sentença: tens que voltar para a prisão, onde ficarás por três meses. E no fim de três meses, se não tornares a frequentar a Igreja e se não desistires das tuas pregações, serás banido do reino, onde voltando sem licença especial do rei, serás enforcado. Atenta, pois no que te digo'. E voltando-se para o carcereiro, disse: 'Levai este homem'. A resposta de Bunyan foi tão digna do seu caráter cristão quanto a sentença foi indigna do Juiz que a proferiu. 'Se eu saísse hoje da prisão', disse ele, 'pregaria amanhã, com o auxílio de Deus'! E acompanhando o carcereiro, foi de novo encerrado." (O Peregrino, Imprensa Metodista, 1963)

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