Viagem evangelística pelo interior do Goiás

 

                   Pastor Conrado Lima e sua esposa, Dona Marietta, com seu filho adotado José

                                      Revista South America, nº 23, Março de 1914, p. 249

Trechos de relatos do Reverendo presbiteriano Bellarmino Ferraz sobre sua viagem evangelística ao Goiás, onde encontrou pastores e irmãos da Igreja Cristã Evangélica: “Catalão. Mais uma vez tive occasião de encontrar-me com os irmãos da Egreja Christã... Aqui nesta cidade reside o nosso irmão Conrado de Lima, a cujos cuidados pastoraes se acha a egreja de Catalão e diversos outras congregações. Mantem elle nessa cidade um bom trabalho e é geralmente estimado do povo. Afim de arranjar o nosso cargueiro tivemos de falhar em Catalão dois dias, onde préguei duas vezes. No dia 8, acompanhados do Rev. Conrado, seguimos com destino a Entre Rios, pousando ás margens do rio denominado Verissimo, e no dia 9 chegamos á cidade. Ali préguei apenas a um pequeno numero de irmãos devido ao mau tempo e outras circumstaucias. No dia 10 ainda o nosso bom Conrado nos acompanhou quasi duas léguas a nos guiar no caminho; despedindo-nos saudosos, voltou elle depois de nos ter acompanhado 14 léguas e nós seguimos em direcção a Santa Cruz, pousando nesse dia perto do rio Corumbá. No dia 12, debaixo de um grande temporal, chegámos á velha e legendária Santa Cruz, cidade velha, em grande decadência, séde antiga da capital do Estado... Somente dirigí a palavra a poucos irmãos que á noite estiveram na casa onde pousamos. No dia 12 chegámos a Gamelleira, congregação da Egreja Christã cujo pastor é o Rev. Ricardo José do Valle, dedicado evangelista que ali, a contento geral, trabalha e lucta pela Coroa Real do Salvador. Ali falhei domingo, pregando tres vezes e na segunda-feira, acompanhado de 12 irmãos, fomos a 7 léguas, no Pouso Alto, onde me encontrei também com o Rev. Arthur Lima Tavares, que fervorosamente dirige um núcleo de crentes naquella cidade. Devido ás muitas chuvas e ao tempo muito escasso, apenas preguei uma vez, voltando no outro dia com o Rev. Ricardo e alguns outros irmãos a Gamelleira, onde ainda á noite desse dia preguei a Palavra...” (O Estandarte, nº 01, 05 de Janeiro de 1911, p. 3)

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